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A mostrar mensagens de fevereiro, 2010

Aquele Perfume...

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Desço a rua, em passo apressado, sem olhar à minha volta. Levo em mente aquele perfume que me dominou ao dobrar a esquina. Continuo sem destino, em busca daquele poder, daquela essência distinta que me deteve por completo, sem uma única prova de esforço. Oiço os passos barulhentos das pessoas, o bater da chuva na parte exterior do meu chapéu, mas continuo em frente. Sem querer saber onde pára a minha caminhada, liberto-me de pudores, de pensamentos e de creres limitadores. Decidi fazer daquela caminhada o traçado da minha liberdade! Oiço ao longe alguém que me chama. Não quero saber! Continuo a querer mais… continuo fixado naquele rumo, até ali, utópico. Decido parar! Levanto a cabeça, inspiro o ar húmido que paira e, numa solidão momentânea, enfrento o mundo com outros olhos. É hora de olhar à minha volta, sentir o chão que piso e aquilo que o mundo quer de mim, verdadeiramente. Aqui, decido começar a correr! Deixo para trás o guarda-chuva que me protege, dispo o casaco que me aquec

O último momento

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Quando desapareceu Francisco deixou uma carta escrita, a qual justificava o porquê da sua atitude… “ No dia em que te conheci, ainda o meu mundo era diferente do teu, escutei-te com toda a atenção, motivando-te para uma circunstância que hoje poderia ter impossibilitado que uma história, entre nós, nascesse. Meses mais tarde o destino voltou a juntar-nos tendo eu ficado sempre com a ideia de que serias uma pessoa que tinha vivido um amor atribulado e pouco correspondido, tal não era a forma apaixonada com que me tinhas falado dele. Não hesitei um único instante e apaixonei-me pelo teu olhar “desprotegido” e, fazendo fé na postura confiante que vivia, resolvi “resgatar-te” desse teu momento complicado. Sabia que iria viver uma grande caminhada no “teu” deserto mas senti que tinha as forças suficientes para viver alguns meses dando tudo o que podia sem pedir nada em troca. Ouvi de tudo. Vi de tudo. Desde a coisa mais inofensiva, que me pesou toneladas, à coisa mais “estapafúrd