Aquele Perfume...

Desço a rua, em passo apressado, sem olhar à minha volta.
Levo em mente aquele perfume que me dominou ao dobrar a esquina.
Continuo sem destino, em busca daquele poder, daquela essência distinta que me deteve por completo, sem uma única prova de esforço.
Oiço os passos barulhentos das pessoas, o bater da chuva na parte exterior do meu chapéu, mas continuo em frente.
Sem querer saber onde pára a minha caminhada, liberto-me de pudores, de pensamentos e de creres limitadores.
Decidi fazer daquela caminhada o traçado da minha liberdade!
Oiço ao longe alguém que me chama. Não quero saber!
Continuo a querer mais… continuo fixado naquele rumo, até ali, utópico.
Decido parar! Levanto a cabeça, inspiro o ar húmido que paira e, numa solidão momentânea, enfrento o mundo com outros olhos.
É hora de olhar à minha volta, sentir o chão que piso e aquilo que o mundo quer de mim, verdadeiramente.
Aqui, decido começar a correr!
Deixo para trás o guarda-chuva que me protege, dispo o casaco que me aquece, e corro!
Corro, à chuva, sem querer sentir a vontade de olhar para trás, de lembrar o passado.
No caminho que vou percorrendo sinto um novo futuro, uma nova era, um recomeçar.
Quando as forças já me faltam, volto novamente a sentir o perfume que me dominou.
Dou dois passos em frente, volto a dobrar uma outra esquina, e lá estava ela…
O mesmo sorriso, a mesma postura o eterno perfume…

Foi bom (Re)encontrar-te… para nunca mais te deixar!
Mesmo que “nunca” seja muito tempo…



Comentários

Mensagens populares deste blogue

A.M.O.R

Post Instagramado