NYC - Para lá do que se vê


No meu imaginário, quando ainda não tinha estado nos EUA, tudo vivia à volta das “cidades que nunca dormem”, da construção megalómana, dos filmes de Hollywood e do indivíduo desconhecido que se tornava figura pública, através do “sonho americano”. 

Estive em NYC em 2012 e voltei em 2022. 

Voltei mais atento, abdiquei dos transportes públicos e fiz cerca de 100km (talvez um pouco menos), a pé, em 5 dias.

Posso dizer que percorri uma boa parte de Manhattan, basicamente, andando a pé.

Conheci a pobreza e alguns bairros menos favorecidos, que estão “paredes meias” com os “aranhas céus” que nos “entram pelos olhos a dentro”.

Senti, de forma mais intensa, o mau cheiro que domina a maioria das ruas.

Percebi que a comunidade emigrante é o “braço direito” das construtoras, dos restaurantes e dos serviços de limpeza, estando o afro-americano relegado, não generalizando, para a restante mão de obra precária.

Aliado a tudo isto, fui mais sensível ao tema das armas e à incapacidade que se sente, quando se pensa que não se pode prever quando é que alguém decide irromper num ambiente de lazer, ou escolar, e descarregar a sua arma.

Não pretendo com isto desvalorizar a beleza da cidade, nem do país.

Essa característica é indelével!

Pretendo, apenas, “legendar” esta fotografia, que tirei numa qualquer rua secundária de Manhattan, com a pequena frase que tive sempre em mente, enquanto por lá estive:

“É bom saber que tenho regresso marcado para Portugal!”

Temos problemas crónicos no nosso país, tal como em toda a Europa, para os quais não almejo solução, mas o sentimento de PAZ, que ainda vivemos, é precioso e psicologicamente estabilizador.

Voltarei todas as vezes que me forem possíveis, mas não é, sem dúvida alguma, o país que devemos ter como modelo social, para o que julgamos que é melhor para nós.

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