2021

2021 🦠 

É possível que esteja a ficar mais chato, à medida que me aproximo dos 40 (Calma! Ainda faltam 2!), mas a verdade é que eu nunca pensei que pudéssemos, algum dia, chegar a esta situação. 

Na altura em que, nas grandes cidades, já muitos tinham o seu espaço de brincadeiras restringido às paredes das suas casas, eu brincava na rua, dias inteiros. 

Na altura em que muito já passavam tardes a ver desenhos animados, eu brincava na rua dias inteiros. 

Mas isto era a vida na província. Onde a ocasião demorou tempo a fazer o ladrão. Onde as minhas avós tinham um cordel na porta para a abrir, sem ser necessário trancar tudo às “sete chaves”. 

Hoje sou pai. 

Ninguém me deu um manual de instruções, sobre como devo proceder enquanto um dos “chefes de equipa”, mas existiam muitas coisas que eu dava como adquiridas, enquanto as crianças crescessem e criassem as suas próprias experiências. 

É verdade que vivemos tempos ímpares, que, espero eu, sejam ultrapassados a médio prazo, mas também não é menos verdade que a quantidade de receios e perigos, à volta das crianças é, hoje, muito maior do que na década de 80/90, lá para os lados da cidade que me viu crescer, Estremoz. 

Hoje o Henrique, com 7 anos, deu início a uma nova jornada, que acaba por ser uma sequela do episódio de 2020, mas o João, com apenas 3 anos, está em fila de espera para que possa ocupar o lugar e falar com a sua educadora. 

E eu que pensava que eles eram as crianças que tinham tudo. 

Afinal, quem tinha tudo era eu e não sabia! 

Que Deus nos ajude, já que com “os homens” não podemos contar. #staysafe ✌🏻




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