PEDRO SANTANA LOPES


Já há muito que me interesso por politica.
Recordo-me de aos 18 anos me ter tornado militante do PSD/JSD.

Ao longo de todos estes anos, e até mesmo antes dos 18, adorava seguir atentamente os grandes debates e os congressos que o PSD realizava pelo país e que duravam, algumas vezes, até altas horas da madrugada.

De entre algumas individualidades, sempre tive Pedro Santana Lopes como uma fonte de inspiração pela sua garra e vontade com que se propunha a atingir determinado tipo de objectivos políticos.

Ao longo dos anos, em que acompanho a politica com capacidade de julgamento na matéria em questão, tenho observado e avaliado o seu percurso tendo sempre a necessidade de encontrar os “porquês” de tanto amor e ódio direcionado para Santana Lopes.

Já por duas vezes mencionei e transcrevi aqui no blog, dois textos que realizei para um trabalho de projecto, onde referia algumas individualidades que seguiram a sua vida académica como estudantes de direito e que, posteriormente, se tornaram políticos reconhecidos a nível nacional ou internacional.
Uma vez que as eleições autárquicas estão na ordem do dia e Pedro Santana Lopes já anunciou a sua candidatura à Câmara de Lisboa, deixo aqui o trajecto de vida deste homem, pelo qual nutro forte admiração...

*

"Pedro Santana Lopes nasceu a 29 de Junho de 1956.
Ainda muito jovem, influenciado pelas conversas do seu Pai e do seu Avô sobre a política salazarista, começa a interessar-se por política.

Segundo Aníbal Lopes, Pai de Pedro Santana Lopes, ao ouvir um dos discursos de J.F.Kennedy afirma:
"Estou maravilhado com a pose, o tom de voz, a força interior e o entusiasmo do presidente Kennedy".

Desde sempre o seu gosto pela leitura era, todo ele direccionado para os assuntos políticos.
Ainda em estudante, Santana Lopes preferia poupar o dinheiro do bilhete de autocarro, que o trazia de volta a casa depois das aulas, para poder comprar o seu jornal preferido, o Diário de Lisboa, onde se deliciava com as notícias sobre política.

Em 1974, Pedro Santana Lopes inicia os seus estudos na Universidade de Direito de Lisboa, onde tem os primeiros contactos com Direito e também com a Politica, já que, ainda me estudantes, fundou um movimento estudantil com o nome de MID – Movimento Independente de Direito.

Dois anos depois da sua entrada para a Universidade de Direito, 1976, filia-se no PSD – Partido Social Democrata, partido que, naquela altura, vivia uma crise profunda.

Desde sempre que Pedro Santana Lopes nutria uma forte admiração do então Líder do PSD, Sá Carneiro, chegando mesmo a ficar desiludido com as ideologias e movimentações do seu partido, depois da derrota de Sá Carneiro no congresso do PSD, em 1978.
Por esta altura já Santana Lopes estava dividido com as suas duas paixões, o Direito e Politica.

Ao terminar o curso com média de 15, em 1978, Santana Lopes recebe uma bolsa do Governo Alemão que lhe dá a hipótese de estudar Ciência Politica e Questões Europeias.
Tal progresso no seu curriculum faz com que Sá Carneiro, à data Primeiro-ministro de Portugal, o convide para seu assessor jurídico, na sua governação.

Esta proximidade, que teve com a vida política nacional, faz com que Santana Lopes aumente os seus conhecimentos em algumas das áreas envolventes da vida política portuguesa da altura e que fizeram com que aos 24 anos já fosse eleito para a Assembleia da República, como deputado (1980).

A partir daqui, Santana Lopes dá, verdadeiramente, inicio a uma carreira, toda ela, direccionada para a Politica, sendo reeleito (1985) deputado na Assembleia da Republica e, posteriormente, convidado pelo então Primeiro-Ministro, Cavaco Silva, para a Secretaria de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.

Dos cargos que ocupou, Santana Lopes, passou ainda pela Secretaria de Estado da Cultura (1990), foi Deputado Europeu (1987), Presidente da câmara Municipal da Figueira da Foz (1997), Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (2001).

Em Junho de 2004, Pedro Santana Lopes assume o cargo de maior responsabilidade da sua vida.
Depois de Durão Barroso assumir a Presidência da Comissão Europeia, Pedro Santana Lopes assume os cargos de Presidente do PSD e de Primeiro-ministro de Portugal.

Foram meses longos para Santana Lopes que vê a sua continuidade como Primeiro-ministro dificultada pelo então Presidente da Republica, Jorge Sampaio, o qual, depois de ter garantido a continuidade do Governo PSD decide, repentinamente dissolver o mesmo, afirmando:

“Tomei a decisão que vos anuncio em coerência com as minhas posições de sempre e tendo em conta a avaliação que faço do interesse nacional. (…) Quando no inicio do Verão passado (…) optei, após cuidadosa ponderação, por não dissolver a Assembleia da República e nomear o Dr. Pedro Santana Lopes primeiro-ministro, depois de o seu nome me ter sido indicado pelo principal partido da coligação governamental. (…) Por diversas vezes e por formas diferentes, dei sinais do meu descontentamento com o que se estava a passar. (…) Neste quadro (…) entendi que a manutenção em funções do Governo significaria a manutenção da instabilidade e da inconsistência. (…) Assim, e face a uma situação cuja continuação seria cada vez mais grave para Portugal, entendi, em consciência, que só a dissolução parlamentar representava uma saída”

Foi desta forma que Pedro Santana Lopes deixou de ser Primeiro-Ministro e passou, sem dúvida pela sua fase mais negra, como politico.

No livro que publicou posteriormente a este acontecimento, Santana Lopes mostra todo o seu descontentamento e tenta clarificar alguns pontos que foram deixados sem esclarecimento aceitável.

“A atitude de Jorge Sampaio será devidamente apreciada pela história. Quando um Chefe de Estado faz um discurso de dissolução justificando-a com episódios… Que episódios? Ao tomar uma atitude drástica, o Presidente da República deve apresentar uma causa de maior gravidade e isso nunca conseguiu fazer.”

Não existindo solução para esta situação e tendo a vida quotidiana continuado sem possível retrocedo, Santana Lopes voltou à sua actividade parlamentar, como deputado, e como Advogado, anunciando, já em 2008, que seria novamente candidato a Presidente da câmara Municipal de Lisboa, nas próximas eleições autárquicas de 2009.

Para ele é impossível fazer da Politica um sinónimo de passado, pois tudo começou quando em 1974, anos conturbados para a sociedade portuguesa, entrou na Universidade de Direito de Lisboa…

Para quem estiver interessado em consultar o blog da Candidatura de Santana Lopes a Lisboa aqui fica o respectivo link: http://lisboacomsentido.blogspot.com/


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