Ideologias

Aos 18, já lá vão 17 anos, num impulso inexplicável, tornei-me militante do PSD. 
Na verdade, contra muitas correntes discordantes da altura, eu ficava empolgado com os congressos do PSD que eram transmitidos na televisão.
Confesso que a idade me fez evoluir em termos ideológicos e, como qualquer ser humano racional e equilibrado, consigo hoje perceber que não se defende uma cor política com a mesma “cegueira” com que se defende um clube de futebol.
Hoje consigo ver, da direita à esquerda, valores humanos, e políticos, que não precisam, necessariamente, de representar as cores do partido onde, até hoje, milito. 
Este espírito crítico e, obrigatoriamente, racional, ajuda-me a compreender que Cavaco Silva, para mim, foi dos piores governantes da nossa Democracia, que nem tudo foi mau no governo de Sócrates, que Pedro Passos Coelho foi Primeiro-ministro num dos momentos mais difíceis da história do país e que António Costa, ainda que tenha tomado a governação ao estilo Cowboy, tem feito um trabalho equilibrado com os restantes partidos da esquerda. 
E escrevo tudo isto para quê? Para, em modo desabafo, dizer-vos que, hoje em dia, estou-me nas tintas para quem governa. Os cargos públicos são utilizados para que os próprios se sirvam do país em seu proveito. 
Da direita à esquerda, quase todos os dias, meses, ou anos, surgem novos escândalos de corrupção, onde, aqueles que mais nos deveriam defender, enriquecem de forma ilícita.
Não se iludam! Isto não é uma questão de partido. É, sim, uma questão cultural!
Constança Urbano de Sousa é mais um elo fraco da classe política. Desajeitada, sem dom no discurso e com uma constante expressão de pânico no rosto. 
Acredito que se demitiria se, socialmente, não fosse imediatamente acusada de cobardia.
Depois de Pedrógão Grande, é inadmissível que se voltem a repetir os mesmos erros.
Por menos, já vi, outras demissões aconteceram, com, ou sem, vontade do próprio.
Não basta fazer concertos, criar linhas de valor acrescentado e ter um Presidente da República a abraçar o povo.
Os responsáveis têm de ser identificados, desde a mão criminosa ao ministro que tem, também, o dever de antecipar o que de pior pode acontecer neste tipo de casos.




#vergonha


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