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A mostrar mensagens de abril, 2010

Este Domingo...

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Sorrir sem vontade, tentando assim obstruir pensamentos, faz-me mudar de direcção, constantemente, continuando a sentir aquilo que não quero. A normalidade das coisas há muito que deixou de existir, dando apenas lugar a um meio, ou modo, de vida algo desproporcionado e desfigurado. A vontade do "querer e não ter", em conjunto com a do "ter e não querer" faz com que pequenas coisas se tornem enormes e, na maioria das vezes, impossíveis. Na tentativa de superar, e perceber, faço pequenos exercícios pouco concretos que, num momento de "certezas incertas", atingem níveis de irracionalidade muito acima daquilo que deveria ser o permitido. Tento encontrar nos outros as respostas certas para os meus momentos de maior instabilidade. Aquele gesto, aquela atitude, ou aquele pensamento, são melhor absorvidos do que vozes “proféticas” que nos empurram para a “normalidade” das coisas. Estabelecer os limites da nossa forma de ser é o es

Para um dia recordar...

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Não tenho memórias antigas, Ainda sou novo demais para isso, Mas… Continuo a viver a vida sempre com a mesma intensidade, sem deixar passar a oportunidade de viver os momentos na altura em que, realmente, fazem sentido. Acredito nas pessoas até ao último momento. Penso que nunca se devem negar oportunidades, mesmo a quem falhou. Nunca fechei a porta a um amigo, embora tenha sempre feito notar que as coisas nunca mais seriam como antes. Nunca fechei a porta a uma pessoa amada, embora ambos tenhamos sentido que as coisas nunca mais seriam como antes. Nunca fechei a porta à família, pois são eles que me dão tudo sem me pedir nada em troca. Todos os dias tenho a possibilidade de deitar a cabeça na almofada e pensar como é tranquilizante esse acto, quando nada nos atormenta. Viver a vida consciente das dificuldades, mas fazendo-lhe sempre frente, faz com que nos tornemos pessoas com capacidade de sobrevivência acima daqueles que vivem um dia de cada vez,

Apenas Eu, novamente...

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Um dia fiz a mala e fui viver um mundo diferente. Comigo levei a vontade, o querer e a ambição de atingir determinado tipo de coisas que eram, para mim, peças fundamentais de uma vida. Desprendi-me de preconceitos e de argumentos soltos e decidi pôr-me um pouco de parte, na tentativa de perceber melhor aquilo que era o mundo dos outros. Posso dizer que fui só eu e a minha mala durante meses. Nela guardei, relembrando Pessoa, todas as pedras que fui encontrando no caminho. Mesmo com ela pesada, nunca desisti de caminhar no sentido em que me tinham mostrado que o sucesso existia. Caminhar sozinho permite-nos ter várias conversas connosco próprios sem, por uma única vez, abrirmos a boca. Podemos sorrir, abanar a cabeça em sinal de discordância ou gritar, mas nunca chegamos a proferir uma palavra que faça sentido. Guerras internas entre mim e o meu ser mais intimo. Lutas desgarradas entre o “dever fazer” e o “dever querer”. Penso que nunca conse

O Tempo das Coisas

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Existe sempre nervosismo, em tudo aquilo que tratamos como novo, recente e passível de poder fazer parte do nosso “nós”, mesmo tendo em conta que algumas coisas serão, eternamente, repetitivas. Sentir momentos que revivemos desde os 15 anos torna-se algo estranho, uma vez que a nossa maturidade nos diz que, obrigatoriamente, já não deveríamos estar a reagir desta ou daquela maneira. Através da forma natural como a vida se desenrola, os nossos quereres e ambições ajudam-nos a seleccionar aquilo que é realmente importante nos momentos que vivemos. Estar sozinho não significa, na maioria das vezes, que não tenhamos ninguém por perto. Na verdade, o Ser-humano é demasiado egoísta para se desprender de algo, ou de alguém, sem que tenha qualquer noção dos próximos passos que terá de dar. Nunca agi dessa forma! O desafio constante de estarmos por nossa própria conta faz com que tenhamos as “rédeas” da vida. Somos nós que decidimos tudo. E são tão bons estes momentos!

Im Gonna Find Another You

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Todos os dias a via passar junto ao jardim de sua casa. Andou assim durante meses, até que um dia decidiu alterar o modo de ser daqueles momentos. Ele, que já idealizara a situação meses antes, tomou coragem e decidiu sair de casa no mesmo instante em que Ela passava. Com um simples “ Desculpa” fez com que Ela parasse e lhe perguntasse “Sim?” Aquele momento foi só Dele. As “borboletas” que lhe surgiram na barriga foram dizimadas pelo sangue gelado que circulou por todo o corpo. Mesmo assim baixou a cabeça, por uns milésimos de segundo, e pensou “ O que estou eu a fazer” e disse “Peço desculpa…não ligues” e voltou-lhe costas. Com Ela ainda intrigada e até algo alarmada, caminhou no sentido de casa com um peso enorme sobre os ombros. Nos dias seguintes àquela situação continuo a espreitá-la por entre as persianas imaginando o que poderia ter feito, ou dito, na derradeira e única oportunidade que tinha tido. Ela, por seu lado, nesses mesmos dias passava junto à casa del

Sim, Tu!

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Não te tenho, Não te vejo, Não te sinto, Mas penso-te de olhos bem abertos. Situações constantes de vontade, Momentos de ternura. Verdade! Imagino o dia deste encontro, Não te sei o rosto nem nome, O cheiro, o Toque, Apenas te quero porque penso, Nas noticias que me trouxe o vento. Continuamente inspirado, Escrevo-te num tom eloquente, Tudo é motivo de desejo, Paixão cega e ardente. Com leves doses de loucura, Não me entregarei a quem aparece, Estou certo de uma coisa, Só me terá quem merece!

"Estados" de Vida...

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Muitos podem ser os motivos, muitas podem ser as situações que levam a uma alteração de qualquer coisa. Digo o que quero, visto o que gosto, como o que sabe bem, canto o que oiço e escrevo o que sinto. Poderia resumir a minha vida a isto. Mas não estaria a incluir uma coisa, também ela importante… O meu estado! Se estiver contente ou triste aquilo que digo varia. Se estiver contente ou triste visto-me mais, ou menos, casual.  Se estiver contente ou triste a música que oiço varia. Se estiver contente não escrevo, se escrevo é porque algo se passa. O meu estado! Ao longo destes 5 anos que partilho opiniões, emoções e sentimentos, verifico que já perdi algumas horas, MUITAS, a lamentar a minha vida, a realçar aquilo que não gostava, aquilo que me deixava instável e o que me causava maior descontentamento. Vou chegando a uma conclusão muito consensual entre aqueles que me seguem. Efectivamente, escrevo com muita carga sentimentalista e esqueço-me de mostrar alguma felicidade pelo

Ao nascer do sol...

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A noite tinha agora início, no seu momento de maior silêncio. Sentei-me junto à janela e decidi esperar. Entre decisões difíceis e sentimentos adversos, a qualquer tipo de permeabilidade, resolvi aguardar pelo nascer do sol. Tinha de encontrar alguma forma de passar o tempo, até ao amanhecer, e por isso resolvi contar as estrelas. Desisti no segundo seguinte. Tentei avistar imagens por entre as nuvens. Nada me vinha à ideia. Foi então que decidi, simplesmente, esperar. “Recordar o passado poderá ser uma boa terapia contra o tempo”, pensei eu. Realçar sorrisos, gargalhadas, trocas de olhares, um perfume ou o toque suave de pele pode tornar-se, rapidamente, em algo intenso e incondicionalmente envolvente. Depois disto, o meu pensamento negou-se a sair deste momento caloroso enquanto eu lhe fazia sentir que não era por ali o caminho. Tentando fixar um ponto neutro que me levasse a outra idealização, dei por mim numa luta constante entre o passado