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Ideologias

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Aos 18, já lá vão 17 anos, num impulso inexplicável, tornei-me militante do PSD.  Na verdade, contra muitas correntes discordantes da altura, eu ficava empolgado com os congressos do PSD que eram transmitidos na televisão. Confesso que a idade me fez evoluir em termos ideológicos e, como qualquer ser humano racional e equilibrado, consigo hoje perceber que não se defende uma cor política com a mesma “cegueira” com que se defende um clube de futebol. Hoje consigo ver, da direita à esquerda, valores humanos, e políticos, que não precisam, necessariamente, de representar as cores do partido onde, até hoje, milito.  Este espírito crítico e, obrigatoriamente, racional, ajuda-me a compreender que Cavaco Silva, para mim, foi dos piores governantes da nossa Democracia, que nem tudo foi mau no governo de Sócrates, que Pedro Passos Coelho foi Primeiro-ministro num dos momentos mais difíceis da história do país e que António Costa, ainda que tenha tomado a governação ao estilo Cowboy, tem

Na mão dos deuses?

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No momento em que uns se aproveitam da tragédia para fazer notícia, e outros vão distribuindo "afectos", quero apenas relembrar que ainda estamos na primavera. Se este não é o momento de, rapidamente, identificar o que correu mal, temo pelos 3 meses que se aproximam. A natureza é dona e senhora deste planeta, mas já não vivemos na época em que tudo se justifica com os deuses. Somos o país das melhores praias e restaurantes do mundo, das cidades do top 3 de destinos da Europa, mas somos também o país onde ainda nem todos têm água potável a chegar às torneiras, onde nem todos têm escolas na área de residência, luz eléctrica ou condições aceitáveis de saneamento básico. Somos o país em que os polícias ainda pagam as fardas e os bombeiros não tem equipamento adequado às temperaturas que enfrentam. Enquanto uns capitalizam votos, e outros vencem audiências, nós vamos suspirando de alívio porque ainda não foi um dos nossos que partiu de forma trágica. Uma t

"Quem com ferros mata..."

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A forma como nos "obrigam" a viver o dia a dia, depois de mais um atentado terrorista, é idêntica à forma como vamos envelhecendo e "tentamos" escapar a doenças graves: vamos, simplesmente, sobrevivendo! Quando ouvimos falar em ataques, ou bombardeamentos, em território dominado pelo auto-proclamado "Estado Islâmico", somos inundados por coberturas televisivas que, ao horário das refeições e de reunião familiar, nos obrigam a "engolir" as imagens sangrentas onde, para além dos energúmenos terroristas, também figuram mulheres e crianças inocentes. Ninguém, no seu perfeito juízo, pode admitir que morram inocentes, quando se decide pela retaliação aos ataques que vamos sofrendo, mas acontece. De forma, dizem "eles", cirúrgica, são engendrados ataques que acabam, na maioria das vezes, por ir muito para além do pretendido. Não é justo, não é aceitável e não pode ser assumido como uma prática que deva ser recorrente. 5 minutos