Razão que me des(conhece)...

“Valorizo o supérfluo,
Dou-lhe asas e tento fingir que gosto do resultado,
Crio a expectativa de viver rodeado de desejos,
Acredito, ou tento acreditar, que tenho tudo aquilo que quero.”

Acabei de escrever isto e revejo-me na afirmação!

Na verdade, tudo não passa de uma forma fácil de viver a vida.
Nada tem sentido quando não é vivido na primeira pessoa.
Por mais que queiram fazer da experiencia dos outros a nossa própria experiência, existem sempre razões, que a própria razão desconhece, para que tenhamos de ser nós a criar o nosso próprio “trilho” de vida.

Tudo passa por aqui!
Tudo tem a necessidade de ser pensado, sentido e realizado com base no concreto.

Viver o abstracto é sentir apenas o cheiro da oportunidade que passou sem deixar rasto.
Viver o concreto permite-nos alargar a nossa margem de poder errar, mas revela-se tão compensatório quando lhe inverte-mos a probabilidade.

A carga emocional que nos trai assim que tentamos algo desejado, é exactamente a mesma que nos empurra para o fundo se as coisas não correrem em conformidade com o idealizado.

Existe uma frase que hoje gostava de partilhar convosco e que sempre fez sentido para mim…
Sempre que me disseram: “Admiro-te”, “Adoro-te”, “Amo-te” ou, até mesmo, “Gosto tanto de ler aquilo que escreves…”, produzi um pensamento que uma, ou outra, vez deixei sair...“Lembrem-se dessas palavras mas, apenas, no dia em que deixarem de me “Amar”, “Adorar” ou “admirar”. Só aí é que vão perceber se tudo aquilo que me disseram fazia sentido, ou se eram, simplesmente, momentos de plena exultação do sentimento provocado.

Parece fácil mas a banalização de palavras é algo que se pode tornar perigoso quando “sentes que sentes aquilo que sentes”!
Parece fácil mas a banalização de palavras é algo que se pode tornar perigoso quando “não sentes aquilo que pensas que sentes”.

De todas as vezes que disse “Amo-te”, senti-o na flor da pele.
De todas as vezes que disse “Admito-te”, a emoção vivia em mim.
De todas as vezes que disse “Adoro-te”, desejei um dia poder dizer “Amo-te”

De todas as vezes que disse estas palavras, pensei que seriam para sempre…
De todas as vezes que disse estas palavras, pensei nelas no seu último dia de significado…

Hoje,
Estou mais forte no “sentir”...
Estou mais adulto no “ser”...
Estou mais selectivo no “amar”...
Estou mais concreto no “querer”.

É por aqui o caminho...!





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