Fugi de lá!

Assim que me apercebi que não conseguia viver naquele lugar, fugi!
Sem pensar no que deixei para trás, simplesmente fugi.
Comecei a sentir-me completamente bloqueado pela vida que me rodeava.
Comecei a sentir que as coisas caminhavam no sentido de tudo o que não queria.
Na altura, admito que não medi consequências.

Foi o meu grito de revolta!

Acho que até nem queria nada daquilo.
Ou quereria e nunca tinha tido coragem?
Chego à conclusão que “não tenho conclusão.”
Às vezes fazemos planos demasiado complexos.

A simplicidade das coisas dá-nos uma vida bastante mais desafogada.
Bastante mais inocente e desligada de tudo aquilo que poderá atormentar a nossa capacidade, ou necessidade, de projectar o futuro na mente mais superficial do nosso ser.

Ao pensar nisto, posso até admitir que tinha muitas outras formas de contornar, ou eliminar, todos os problemas que eu julgava serem de impossível resolução.

Ao pensar nisto, penso numa coisa bastante mais fiável e adaptável à vida que levei nesse tempo: Eliminados esses problemas surgiriam outros, e outros…e outros…

O problema nunca passou pela diferença de carácter.
O problema, afinal, nunca foram as diferenças aparentes no modo de encarar o destino.
O problema, todo ele, estava no modo como se passa da teoria à prática sem que exista uma transição baseada na solidez do “querer fazer “ e no “fazer acontecer”.

Sem que este assunto tenha mais “assunto”, é positivo escrever sobre este ponto do meu histórico vivacional, alertando os demais para a imperatividade da necessidade de estudar bem o acto de “fazer acontecer” antes de, realmente, se pensar no “querer”…

Perder horas, dias, meses e anos soa a “tragédia grega” mas iremos recordá-los tanto, um dia mais tarde, quando nos disserem…”Agarra num papel e numa caneta e escreve aí aquilo que recuperavas na tua vida..."

Recuperava tanta coisa… Mas não as queria de volta…

“O passado foi lá atrás…”




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