Para um dia recordar...

Não tenho memórias antigas,
Ainda sou novo demais para isso,
Mas…

Continuo a viver a vida sempre com a mesma intensidade, sem deixar passar a oportunidade de viver os momentos na altura em que, realmente, fazem sentido.
Acredito nas pessoas até ao último momento.
Penso que nunca se devem negar oportunidades, mesmo a quem falhou.

Nunca fechei a porta a um amigo, embora tenha sempre feito notar que as coisas nunca mais seriam como antes.
Nunca fechei a porta a uma pessoa amada, embora ambos tenhamos sentido que as coisas nunca mais seriam como antes.
Nunca fechei a porta à família, pois são eles que me dão tudo sem me pedir nada em troca.

Todos os dias tenho a possibilidade de deitar a cabeça na almofada e pensar como é tranquilizante esse acto, quando nada nos atormenta.
Viver a vida consciente das dificuldades, mas fazendo-lhe sempre frente, faz com que nos tornemos pessoas com capacidade de sobrevivência acima daqueles que vivem um dia de cada vez, sempre na esperança que as coisas apareçam do nada.
Demorei algum tempo até chegar a este momento.
Não por falta de aviso mas porque tinha de me aperceber disso com os meus próprios erros.

Não tenho memórias antigas,
Ainda sou novo demais para isso,
Mas…

Continuo a sentir que os meus princípios, hierarquias e objectivos de vida estão a mudar.
E que mudança!
Atravesso uma fase de de(equilíbrio) que me tem permitido perceber que a auto-estima e a confiança são coisas que se adquirem de duas formas bem distintas.
Ou sentimos que gostam de nós, ou então fazemos por isso.
Na verdade, sinto que tenho pessoas que me apoiam e que me “suportam” de forma amável.
Por outro lado, aprendi que a maior, e melhor, forma de afastar as coisas menos boas é enfrentá-las de frente sem nunca virar costas aos problemas.

Não tenho memórias antigas,
Ainda sou novo demais para isso,
Mas…

Continuo a tentar escrever para um dia as poder relembrar.
A maior parte das coisas que escrevo não passam de textos que são pouco admirados por quem os lê, embora tenha o dom (privilégio) de conseguir com que alguns “me sigam”.
Na verdade, as coisas que escrevo têm, intrinsecamente, muito de cada um dos que me rodeia.
O prazer de escrever dá-me a possibilidade de deixar a minha “obra” àqueles que um dia poderão dizer…”Foi o meu pai que escreveu…”
Em nada a minha escrita é valiosa senão para mim próprio.
Tenho 5 anos de histórias contadas, momentos vividos e sentidos.

Sorrisos,
Desejos e paixões,
Amores e desamores,
Lugares e momentos,
Ou todos “estes” sentimentos.

Não tenho memórias antigas,
Ainda sou novo demais para isso,
Mas…

Continuo sempre a querer que o amanhã chegue e que traga, pelo menos, aquilo que hoje recebi do mundo, possibilitando-me assim uma vasta experiência sobre tudo aquilo que gosto e que me faz sentir, principalmente, feliz.
Um dia conseguirei entender esta minha forma de escrever…
Até lá…

Não tenho memórias antigas, ainda sou novo demais para isso!





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