Este Domingo...

Sorrir sem vontade, tentando assim obstruir pensamentos, faz-me mudar de direcção, constantemente, continuando a sentir aquilo que não quero.

A normalidade das coisas há muito que deixou de existir, dando apenas lugar a um meio, ou modo, de vida algo desproporcionado e desfigurado.

A vontade do "querer e não ter", em conjunto com a do "ter e não querer" faz com que pequenas coisas se tornem enormes e, na maioria das vezes, impossíveis.

Na tentativa de superar, e perceber, faço pequenos exercícios pouco concretos que, num momento de "certezas incertas", atingem níveis de irracionalidade muito acima daquilo que deveria ser o permitido.

Tento encontrar nos outros as respostas certas para os meus momentos de maior instabilidade.
Aquele gesto, aquela atitude, ou aquele pensamento, são melhor absorvidos do que vozes “proféticas” que nos empurram para a “normalidade” das coisas.

Estabelecer os limites da nossa forma de ser é o essencial de uma "patética", e pouco libertadora, forma de viver a vida.

Não existem momentos verdadeiramente felizes se forem delineados com a antecedência correspondente a uma forma racional de fazer as coisas.

Pequenos laivos de loucura, e de alguma irracionalidade desmedida, são sinais da eternização dos momentos.

Volto a pintar um quadro da minha vida.
Vejo ao fundo uma pequena alternativa.
O sol encarrega-se de a abraçar com os seus extensos raios de sol.
Não existe outra forma. Não existe outra saída.

O momento deprimente que o ser-humano vive quando se encontra sozinho é maior, e mais revitalizante, do que uma vida cheia de amor.

A possibilidade de podermos estar perante nós próprios, sem a pressão de termos de aparentar algo é tão equilibrante como quando estamos sozinhos e não precisamos de encolher a barriga.

A experiência diz-nos que os caminhos escolhidos nos levam a diferentes formas de “fazer acontecer” as nossas vidas.

O maior prazer é podermos pensar e ter a vontade de saber o que a vida nos reserva para “amanhã”.
Chego à conclusão que adoro a incerteza, tal não é a forma como idealizo o abstracto.

Mesmo em momentos de maior acalmia adquiro a introspecção adequada ao momento que vivo, conseguindo assim aceitar o futuro de braços abertos.

A vida é isto… Eu sou isto! 




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