O CÃO E O MAR
Sentado junto à praia, observo o movimento das ondas.
Bem junto a mim um cão ”rebelde“ decide descobrir o que se esconde nas profundezas do areal.
*
Naquela altura, o momento era só meu (e dele, pelo escavador compulsivo que parecia), e por isso decido fechar os olhos para poder aperceber-me do som melodioso libertado pela brisa suave que o dia de inverno, autenticamente primaraveresco, me oferecia.
*
Por momentos, e enquanto o Sr. Eng. Cão já descia ao piso -1 da praia, fiz uma espécie de retrospectiva dos melhores momentos dos últimos tempos.
A vida tem pressa de ser vivida…tal e qual à mesma velocidade a que o sol aparece e desaparece a cada dia que passa.
*
Lembro-me de coisas que detestava e que hoje considero indispensáveis e de muitas outras que julguei certas, e consistentes, e que agora, não passam de simples pretensiosismo de um mero jovem tão sonhador como uma criança de 10 anos.
*
A vida traz-nos surpresas e faz com que queiramos sempre mais.
É nesta perspectiva que se apoia a minha forma de estar ultimamente.
Sinto que chegam momentos de fazer escolhas e de perspectivar aquilo que será a minha vida a médio prazo.
*
É tempo de me libertar de estilos de vida pouco adequados, em relação ao que pretendo como rumo pessoal.
Está a chegar a altura certa de me tornar um pouco mais egoísta e fazer as escolhas certas que poderão, no futuro, decidir o sucesso e a longevidade dos meus objectivos.
*
Ainda naquele momento “único” decido abrir repentinamente os olhos e fazer uma espécie de jogo em que me propunha descobrir as diferenças que tinham surgido após aqueles breves minutos de escuridão provocada!
Continuava a não ter ninguém perto de mim, excepto um buraco que caminhava a passos largos para futuro lago artificial em plena praia!
*
Na verdade, este mero pensamento não passou da folha de papel mas, como em qualquer outro momento de hierarquização de ideias, tudo aquilo que me faz escrever não passa de um misto de insatisfação com uns pozinhos de ficção, ambos motivados por uma vontade crescente de concretizar tudo aquilo que desejo e encontrar a realização da felicidade utopicamente dita!
*
Para que conste, o cão em questão não passou de uma adaptação literal daquilo que vi hoje à tarde, não muito longe de casa e a praia, por mais que seja um local de introspecção, não foi além de um copo de água que me acompanhava em cima da mesa.
*
É isto que eu chamo "dar cor à escrita!" :)
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Naquela altura, o momento era só meu (e dele, pelo escavador compulsivo que parecia), e por isso decido fechar os olhos para poder aperceber-me do som melodioso libertado pela brisa suave que o dia de inverno, autenticamente primaraveresco, me oferecia.
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Por momentos, e enquanto o Sr. Eng. Cão já descia ao piso -1 da praia, fiz uma espécie de retrospectiva dos melhores momentos dos últimos tempos.
A vida tem pressa de ser vivida…tal e qual à mesma velocidade a que o sol aparece e desaparece a cada dia que passa.
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Lembro-me de coisas que detestava e que hoje considero indispensáveis e de muitas outras que julguei certas, e consistentes, e que agora, não passam de simples pretensiosismo de um mero jovem tão sonhador como uma criança de 10 anos.
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A vida traz-nos surpresas e faz com que queiramos sempre mais.
É nesta perspectiva que se apoia a minha forma de estar ultimamente.
Sinto que chegam momentos de fazer escolhas e de perspectivar aquilo que será a minha vida a médio prazo.
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É tempo de me libertar de estilos de vida pouco adequados, em relação ao que pretendo como rumo pessoal.
Está a chegar a altura certa de me tornar um pouco mais egoísta e fazer as escolhas certas que poderão, no futuro, decidir o sucesso e a longevidade dos meus objectivos.
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Ainda naquele momento “único” decido abrir repentinamente os olhos e fazer uma espécie de jogo em que me propunha descobrir as diferenças que tinham surgido após aqueles breves minutos de escuridão provocada!
Continuava a não ter ninguém perto de mim, excepto um buraco que caminhava a passos largos para futuro lago artificial em plena praia!
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Na verdade, este mero pensamento não passou da folha de papel mas, como em qualquer outro momento de hierarquização de ideias, tudo aquilo que me faz escrever não passa de um misto de insatisfação com uns pozinhos de ficção, ambos motivados por uma vontade crescente de concretizar tudo aquilo que desejo e encontrar a realização da felicidade utopicamente dita!
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Para que conste, o cão em questão não passou de uma adaptação literal daquilo que vi hoje à tarde, não muito longe de casa e a praia, por mais que seja um local de introspecção, não foi além de um copo de água que me acompanhava em cima da mesa.
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É isto que eu chamo "dar cor à escrita!" :)
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