You make it real for me…


Aproximamo-nos de uma época festiva, O Natal!

Para lá dos credos e das crenças este é um momento com sinónimo de reunião de família.
Consumismos à parte, lembro com saudade os natais passados na companhia da família em que o tão esperado jantar de dia 24 de Dezembro era algo com que sonhava muitos meses antes.

As surpresas imensas, os embrulhos quase do meu tamanho…as cores, as músicas, tudo aquilo a que um natal feliz e harmonioso tem direito.

Sabem do que tenho mais saudade? Do envelope que dizia, quase sempre, EDP ou PT Comunicações, que a Avó Maria me dava.
Nem era pelo dinheiro, era pela forma como ela o dava.
Naquele jeito de quem entrega uma coisa com pena de não poder ser mais ou melhor.

Nem ela imaginava o que hoje aquilo significa para mim.

Anos mais tarde, já vivo o natal de outra maneira.
Já não fico horas acordado à procura das prendas, quando todos em casa vão dormir.
Hoje já sou eu que me preocupo com o sinónimo da época natalícia, da reunião da família e do não quebrar das tradições.

Pode parecer sentimentalismo desmedido, mas eu ainda consigo sentir o “frio” na barriga de quando chegavam os dias 24 de Dezembro de cada ano…

Lembro-me de um carro telecomandado que os meus pais me ofereceram que, arrisco-me a dizer, custava mais de 20 contos há mais 15 anos. Pena não o ter nos dias de hoje mas de facto, o mesmo era demasiado frágil para a adrenalina de uma criança de 10 anos.

Recordo também uma bicicleta que recebi, num dos natais, que era como se fosse a última moda! Uma BMX! Na altura era como ter um Ferrari entre o grupo de amigos! Nem sonhava que a ia receber… a loucura era tanta que nem reparei que o meu pai tinha trazido, desde o carro até à sala de jantar, um pequeno cordel que me guiaria até à mala do carro onde estava a bicicleta.
Hoje, emociono-me ao lembrar o momento, na altura a alegria foi maior do que eu, certamente!
Mas a vida não vive só do passado…o tempo não pára e temos de saber viver com a lei natural da vida.
Nem eu sou o mesmo, nem todos aqueles que fizeram parte da minha infância estão, literalmente, presentes.

Hoje a reunião familiar é outra mas com os mesmos valores implícitos.
Saúde, alegria e boa disposição são características de uma natal “em minha casa” e assim espero que possa continuar…
Hoje sou mais “rico”…tenho a minha família perto de mim, como sempre tive, mas sei que cada nota ou moeda que a minha avó me deu, durante cerca de 20 e poucos anos, fez de mim um homem de valores que não deixará nunca de recordar com saudade aqueles que já não estão perto de mim, mas lembrando-me sempre que foi com eles que aprendi a viver o natal.
É por isso que nunca deixarei morrer o espírito do natal no seio da minha família...
Porque… YOU make it real for me…



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