Motivos conturbados de um novo velho sentido…


Um dia tentei entender o porquê de algumas coisas.
Sentado num mar de dúvidas, resolvi observar os outros.
A vida tem destas coisas e por vezes procuramos respostas no trajecto de vida alheio.
Num piscar de olhos vejo que todos, incluindo eu próprio, mudamos de opinião conforme aquilo que realmente nos interessa e nos faz sentir melhor.
Nada que seja novidade. O ser humano, mesmo que seja muito altruísta, tem sempre tendência a puxar para si aquilo que poderá torná-lo mais forte e mais confortável.

Ao chegar aqui, qualquer tipo de constactação que tenha feito em nada contribui para o conhecimento da caracterização do ser humano mas, porque a vida é um mar de conceitos mutáveis, aquilo que ontem pensei, hoje já poderá estar ultrapassado ou, até mesmo, inadequado.
Mantendo um olhar constante, olho os outros e, num critério de critica inevitável, reprovo algumas atitudes ou palavras.
Não tenho o poder da razão, muito menos a capacidade de exemplificar, na íntegra, a idealização do ser perfeito. Nem o pretendo.

Aquilo que tento dizer tem a ver com a forma como os outros, quando despreocupados, nos podem atingir, ao ponto de nos fazerem ficar desconfortáveis com coisas que, por vezes, até só têm mesmo a ver com eles próprios.

Nunca o fiz? Certamente que sim.
Alem de não ser perfeito e de não o querer ser, só com chamadas de atenção e prejuízo pessoal é que hoje tenho a capacidade de reconhecer em mim, e nos outros, determinado tipo de atitudes que, outrora, também eu praticava.

À medida que vamos ganhando experiência, a nossa personalidade estreita caminhos que nos possam levar a esses mesmo momentos, dos quais nos queremos afastar.
Eu sou um desses casos.

Sim, sou exigente!
Sim, acabo por cair no exagero do momento, mas gosto que os outros, aqueles que realmente me consideram um dos seus, seja qual for o momento ou a circunstância, sintam que quando estou presente podem estar certos que eu serei um muro onde se podem encostar.

Pedirei demais? Serão complexos? Feitios difíceis? Acredito que sim.

Como digo e repito, a perfeição não anda de mão dada comigo, mas as características padronizadas do meu carácter, transmitem, mesmo em silêncio, aquilo que muitos precisam, e outros temem, no que tem a ver com a lealdade e transparência.

A mentira não é método!
O extravasar não é caminho!

Hoje, depois de alguns anos de irreverência, busco nos outros aquilo que sinto que dou.
Na maioria das vezes encontro-o, embora ainda presencie, a passos, certas e determinadas coisas que já imaginava longínquas.

A vida não vive de lamentações! Aquilo que devemos saber retirar dos nossos conhecimentos e experiencias deve ser absorvido de forma positiva, quanto mais que não seja para que saibamos escolher melhor os nossos caminhos e o critério de selecção.

Hoje, mais que ontem, tenho uma personalidade mais rica, mesmo que essa mesma riqueza tenha sido feita à base de desilusões ou sonhos traídos.
Podem ter a certeza que em cada passo que dou, sou mais Eu, mais verdadeiro e, sem dúvida, muito mais assertivo.
Não busco a perfeição… mas sim o ponto máximo da minha estabilidade.
A perfeição não é um ideal, é uma forma de estar que nos permite pensar e concretizar…não quando queremos mas sim quando vale, realmente, a pena!

Resta-me esperar pelo dia em que, ao cometer mais um erro, seja levado pela minha ignorância a sítios onde nunca antes tenha estado.

Até lá…

Sentado num mar de dúvidas resolvi observar os outros em tempos…

E por aqui continuo…

Até um dia!


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