Sinónimos de uma vida…

25 Anos – 9125 Dias – 219.000 Horas – 13140000 Minutos
Oeiras, Estremoz, Porto, Setúbal, Lisboa…

Cidades deste país que me acolhe e que corri ao longo dos anos.
Hoje decidi escrever sobre o meu quarto de século.
Nada de especial, mas é a minha vida, a minha experiência, o meu saber…o meu mundo!

Estremoz
 
Cidade “plantada” no meio do Alentejo. Foi a minha primeira “casa”!
Lá conheci os meus amigos de infância, os quais são ainda, meus amigos hoje em dia!
Foi lá que levei as primeiras palmadas, enquanto criança, todas elas bem dadas, reza a história! :)
Lembro-me de imensas coisas desta altura… O cantarolar matinal do meu pai quando me acordava e se aprontava para ir trabalhar… (tinha eu os meus 6/7 anos) …as “aulas das 6”, que eu detestava, quando tinha de ficar à espera que a minha mãe me fosse buscar ao colégio…o Supermercado da D.Isabel e do Sr.Augusto…onde me cortavam o queijo para os lanches de final de tarde…as brincadeiras com as vizinhas do 1º Direito da "Tomáz Alcaide" (A Margarida e a Filipa) …e com o Ruben e o João…as boladas que dávamos nos portões das garagens do prédio que quase fazia perder a paciência ao mais paciente dos moradores…as aventuras em que se tornavam as idas de bicicleta ao Rossio sem a minha mãe saber… (falo de uma distância de 200 metros em relação a casa) …as “férias grandes” passadas na casa da minha Avó Maria (na Vila de Cano)…as noites “sentado ao fresco” com ela, as vizinhas e a minha prima Ana…o facto de ter de esperar pela sombra aparecer para poder ir brincar e ficar horas a fio a olhar pelo “postigo” da porta, à espera…acordar às 7 da manhã para ir ver a minha avó a dar de comer às galinhas (era uma excitação!) …
Enfim…11 anos vividos numa das cidades bonitas do Alentejo.

Porto

Terra fria e escura…mas calorosa e simpática no trato…
Dos 11 aos 13 foi lá que vivi, e aprendi, que afinal nas grandes cidades também se conhecem bons amigos.
O meu olhar desconfiado, aliado à curiosidade do momento, fez com que os meus primeiros dias de escola fossem algo estranhos mas rapidamente os “artistas” da turma se tornaram os meus melhores amigos!
Lembro-me da Cláudia e da Marisa (os meus amores da altura), da Luciana, do Ricardo, do António e do Luís…eles, os “piores” da zona (mesmo daqueles bairros complicados da cidade) … putos com dificuldades que faziam da lealdade a sua arma…nunca os desiludi e, como que em sinal de amizade, nunca deixaram que alguém me tratasse de forma menos aceitável.
Tive a sorte de conhecer os melhores, dos “piores”.
Lembro-me das duas brigas que tive com dois colegas de outras turmas…não passaram de empurrões e alguns pontapés mas, foi assim que ganhei o meu espaço…foi assim que o “Mouro” ou “Lisboeta” ganhou o seu “espaço ao sol” no meio de tanto tripeiro!
Há outra coisa que me recordo ainda hoje em dia…Lembro-me de uma rapariga com o nome de Susana…já quase não lhe recordo o rosto…mas lembro-me de ela andar sempre atrás de mim e das cartas que me escrevia…foi uma “verdadeiro amor” que lá ficou!
O Porto deixou-me saudades… talvez a minha história com aquela cidade ainda não tenha terminado...

Setúbal

Foi o destino escolhido pelo meu pai, o grande “causador” deste percurso nómada.
Aos 13, como é comum, já não é assim tão fácil fazer amigos…já começamos a entrar numa fase rebelde que faz com que seja complicado fazer parte de qualquer grupo…até aqui tive sorte.
No meu primeiro dia, os rapazes (colegas de turma) olharam para mim na aula e pensaram…” olha um tenrinho para a malta gozar…” mas a coisa alterou-se no intervalo e rapidamente fui convidado para o primeiro de muitos jogos de futebol disputámos naqueles recreios.
Eis que este foi o primeiro do resto do meu percurso preparatório e secundário.
O Alex, a Joana, o João, O Vítor, o Ricardo…tudo pessoal que durante 5 anos cresceu comigo.
Para dizer a verdade, esta cidade foi, das três, aquela com que menos me identifiquei embora seja até hoje o local onde “vivo”!
Desta passagem lembro-me de poucas coisas…talvez uma paixoneta adolescente pela Joana :), uma ou outra zaragata com algum colega…os atrofios com a professora de História, espanhola…os gozos intermináveis ao professor de Português (que me custaram um valente chumbo no 11º) …por ai! :)

Seguiu-se Lisboa…e aqui me encontro hoje!
Cidade que me alargou o horizontes por completo…e me deu a conhecer pessoas de todas as "maneiras e feitios".

Acima de tudo, foi a cidade que me fez crescer enquanto homem…
Fiz amigos…continuo a fazê-los…não perdendo os que já tinha...

Continua… (Até que Deus queira)




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