Esquizofrenia Futebolística

O futebol tem destas coisas. A maioria de nós transforma-se, cerra os punhos, utiliza o pior vernáculo e faz juras de ódio ao rival. Foi assim comigo e com Jorge Jesus. Sempre lhe reconheci o mérito, enquanto treinador do Vitória de Setúbal e do Belenenses, mas passei a considerá-lo insuportável quando representou o Braga e se transferiu para o Benfica. Na verdade, no que ao Benfica diz respeito, talvez a minha inveja me tivesse dominado e se tenha confundido com o “ódio natural” que se sente pelo rival. Fanfarrão, Vaidoso, Gingão e autêntico “Assassino da Língua de Camões”. A sua chegada ao Sporting foi recebida, por mim e por muitos, com entusiasmo. Os estádios enchiam, a equipa jogava bom futebol, os pontos iam-se acumulando, mas a fanfarronice não diminuía. Um campeonato disputado até ao último jogo e, como acontece quando joga a Alemanha, no fim venceu o Benfica! Podemos reduzir a passagem de JJ a este feito, mas eu, mero sportinguista h...