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A mostrar mensagens de 2008

Motivos conturbados de um novo velho sentido…

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Um dia tentei entender o porquê de algumas coisas. Sentado num mar de dúvidas, resolvi observar os outros. A vida tem destas coisas e por vezes procuramos respostas no trajecto de vida alheio. Num piscar de olhos vejo que todos, incluindo eu próprio, mudamos de opinião conforme aquilo que realmente nos interessa e nos faz sentir melhor. Nada que seja novidade. O ser humano, mesmo que seja muito altruísta, tem sempre tendência a puxar para si aquilo que poderá torná-lo mais forte e mais confortável. Ao chegar aqui, qualquer tipo de constactação que tenha feito em nada contribui para o conhecimento da caracterização do ser humano mas, porque a vida é um mar de conceitos mutáveis, aquilo que ontem pensei, hoje já poderá estar ultrapassado ou, até mesmo, inadequado. Mantendo um olhar constante, olho os outros e, num critério de critica inevitável, reprovo algumas atitudes ou palavras. Não tenho o poder da razão, muito menos a capacidade de exemplificar, na íntegra, a idealização

Pensamento que poderia ser de outro dia qualquer...

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Um dia alguém disse que "o protagonismo é coisa passageira e que só alguns conseguem mantê-lo constante e intacto". Esse alguém também fui eu! Foi como estar a viver um momento único e saber que me fugiria da mão num ápice. Por vezes é assim! Acabamos por viver momentos grandiosos mas o sentimento, ao vivê-los, é de saudade ou amargura, mesmo ainda quando estamos passar por "ele"! Coisas efémeras e dissipáveis que acabam por nos deixar apenas lembranças, muitas delas dignas de um verdadeiro veterano de guerra. Viver destes “flash's” é como que viver preso a um passado recente que, a todo o custo, tento trazer para o meu futuro mais próximo. Os sonhos, os projectos…tudo coisas que um dia pensei que fossem mais fáceis de realizar, do que aquilo que hoje penso. Viver um dia de cada vez não é o meu lema! Já foi! Já não o é! A partir do momento em que deixamos de viver uma caminhada solitária ganhamos “medos” nunca antes imagináveis. Não que a solidão me

You make it real for me…

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Aproximamo-nos de uma época festiva, O Natal! Para lá dos credos e das crenças este é um momento com sinónimo de reunião de família. Consumismos à parte, lembro com saudade os natais passados na companhia da família em que o tão esperado jantar de dia 24 de Dezembro era algo com que sonhava muitos meses antes. As surpresas imensas, os embrulhos quase do meu tamanho…as cores, as músicas, tudo aquilo a que um natal feliz e harmonioso tem direito. Sabem do que tenho mais saudade? Do envelope que dizia, quase sempre, EDP ou PT Comunicações, que a Avó Maria me dava. Nem era pelo dinheiro, era pela forma como ela o dava. Naquele jeito de quem entrega uma coisa com pena de não poder ser mais ou melhor. Nem ela imaginava o que hoje aquilo significa para mim. Anos mais tarde, já vivo o natal de outra maneira. Já não fico horas acordado à procura das prendas, quando todos em casa vão dormir. Hoje já sou eu que me preocupo com o sinónimo da época natalícia, da reunião da família e do nã

Luz que me ilumina

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Eu tenho a minha vida! Os outros têm a vida deles! Raramente paro para olhar para aquilo que os outros têm ou fazem! Raramente sinto que sou melhor que os outros! Basicamente vivo aquilo que sou, aprendo a viver com aquilo que tenho e sonho com aquilo posso! Nunca sofri de inveja! Nunca cobicei o que há de bom na vida dos outros! Ao longo dos anos atingi metas que outros nunca conseguirão alcançar. Ou porque não eram do seu interesse ou porque simplesmente eu me esforcei mais. Nem sempre é assim! Analisando bem os factos, acabo por estar já fora do prazo, em muitas coisas, para o mais comum dos mortais! E estou! Por vezes, como certamente acontecerá com qualquer pessoa, dou por mim a pensar naquilo que levaria desta vida se a mesma me “ceifasse” os projectos que ainda tenho por concluir. No coração e no pensamento levaria imagens únicas…não de paisagens, mas de pessoas… O sorriso da Avó Maria, que me ensinou muitas das coisas que, hoje, fazem de mim um Alentejano citadino… O

«------ SEM RUMO ------»

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O crescimento evolutivo da espécie humana significa que, a cada dia que passa, a nossa humanização vai chegando ao limite do seu crescimento. Por incrível que pareça, esta “aldeia global”, onde milhões de pessoas estão inseridas, já contemplou muitas variações da espécie. Sem saber bem como, nem o porquê, caminhamos lentamente para o contributo que a nossa existência dá a esta mesma evolução. Somos, de facto, seres completos que, quando bem “explorados”, conseguimos atingir níveis de perfeição que deixariam os nossos primórdios incrédulos. Nem sempre essas mesmas capacidades, que a existência humana nos dá, são utilizadas para fins altruístas ou para o bem da humanidade mas, na maioria dos casos, ainda existem pessoas que vivem para o Conhecimento e para o Evoluir da Espécie. Arrisco-me a dizer que eu conseguiria dar um contributo para que tudo fosse mais perfeito mas, quem sou eu neste “mar” de humanidade que me circunda? Na verdade isto não passa de um pretensiosi

Tempos de Esperança...Tempos de Mudança

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Existem coisas que nos fazem pensar nos tempos que vivemos, nas coisas que dissemos e fizemos. De certa forma, são alguns desses momentos que nos ajudam a crescer em termos de personalidade e de carácter. À medida que a nossa personalidade se vai fortalecendo, a nossa capacidade crítica limita, cada vez mais, aquilo que queremos e aquilo que conseguimos atingir. Tudo aquilo que um dia desejámos, ou que se tornou uma realidade, acaba, algumas vezes, por se tornar numa coisa, afinal, pouco interessante ou até mesmo dispensável. Ao reflectir, consigo situar-me em muitos desses momentos, embora nos dias de hoje já saiba fazer as coisas, de forma a que não se repitam. Hoje em dia encontro-me mais forte e mais capacitado, em termos de avaliação do momento e das circunstâncias, muito por força da convivência e da vivência, mas acima de tudo, por força daquilo que perdi, que não tive e nunca vou conseguir. Certamente, com algum querer e dedicação, conseguir alcançar tudo aquilo

Meu fiel barco à vela…

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Num barco à vela caminho, por um mar imenso que não me deixa avistar o fim. Olho o horizonte, consigo ver o mar e o céu tocarem-se, num azul desvaneceste que ilude o meu olhar de esperança. Sem saber o que esperar, caminho na direcção do nada à procura do infinito que levará à plenitude do ser. Contra ventos e marés, luto num esgrimir de forças imensas que me tentam impedir de seguir o meu rumo. Sem querer olhar para trás, continuo a ter o limiar do meu horizonte como principal objectivo. Deslizo entre a brisa do vento e o bater da onda, enquanto vivo no sonho e não volto à realidade. Numa tentativa de lutar por um futuro perfeito, fecho os olhos e espero que o amanhã seja mais do que uma viagem para o infinito. Até lá, confiarei neste barco que me leva... Meu fiel barco à vela…

Licenciatura Terminada. Olá Desemprego!

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Nem sempre é assim. Nem sempre, após se terminar a Licenciatura, se entra no “mundo do desemprego” mas, cada vez mais, é esse o rumo do jovem licenciado. Nos últimos anos o número de desempregados, licenciados, aumentou 61%, sendo que cerca de 40% são das Ciências Sociais, enquanto apenas 9% vêm das áreas tecnológicas. Na maioria dos casos isto acontece porque há uma desadequação entre aquilo que as Universidades estão a produzir em Licenciaturas e as necessidades de desenvolvimento do país, ou seja, na criação de emprego. De acordo com os últimos números oficiais, existem actualmente 47 mil desempregados com licenciatura. Para além de apostar na qualificação, é preciso termos emprego para que essa formação tenha continuidade após as saídas da Faculdade, uma vez que muitos licenciados estão a trabalhar em áreas diferentes daquelas que queriam seguir. Que áreas lideram a lista de desempregados com licenciatura? Esta é sempre aquela pergunta que atormenta qualquer estudante que

Terras Planas

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Manuel era um rapaz complicado. Lidar com ele não era algo que se afigurasse fácil. Nem sempre se sabia se ele estava num dos seus dias alegres e felizes ou se, à mínima coisa, estava nos seus dias cinzentos e insuportáveis. Pessoa capaz de coisas incríveis, muitas delas que nunca conseguiu concretizar, Manuel tinha sonhos de menino. A figura do pai era algo que o marcava profundamente. Era nele que se revia e sentia que um dia era assim que queria ser. Não que isso significasse muita coisa para os que estavam à sua volta, mas para ele era um exemplo de vida. Nada melhor do que sentir orgulho de alguém e tentar “ superá-lo” nos seus princípios e na sua conduta de vida. Manuel, nunca foi uma pessoa de sonhos inesgotáveis mas fazia de alguns metas constantes que eram imperativamente importantes para a construção do seu “castelo”. Homem de palavra e de fortes convicções, cedo demonstrou o que queria e aquilo que ansiava para o seu futuro. Nunca foi o melhor entre os seus colegas de esc

Olhares...

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Olhar profundo, Leveza na essência do ser, Olhar brilhante e fino, Puro saber postado no rosto. Ao olhá-la, pela primeira vez, vi-lhe a rigidez do desconhecido e a indiferença do vulgar. Não pensando nisso, guardei sempre comigo a imagem daquele momento, minimamente importante para mim (confesso), mas digno de ser memorizado no “armazém” dos meus pensamentos. Por vezes não preciso de muito para que marque momentos no meu dia-a-dia. Um olhar, para mim, diz muita coisa, mesmo que seja ao longe, sem ligação directa com quem estamos a observar. Na vida nada é eterno, como também não é definitivo. Aquilo que pensamos hoje e temos como um dado, completamente, adquirido, de repente, aparece-nos pela frente como uma realidade concretizável e possível. Sinto-me um Pirata que busca um tesouro. Um Pirata que tem o mapa nas mãos, que sabe dar as coordenadas certas para que o barco consiga chegar a bom porto. Mas o mar continua intenso… Sinto que a tempestade ainda não passou… Hoje, mais calmo

5:09h… Michael Bublé ao piano…

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Tento escrever algo que consiga expressar aquilo que realmente quero dizer… Escrevo…apago…volto a escrever…paro…volto a escrever… É notória a minha inconstância… Não sou pessoa de fugir das coisas e por isso sei admitir que passo por dias confusos e completamente instáveis. Porquê? Sinceramente não sei! Ao avaliar o todo, penso que não se justifica. Não tenho motivo concreto para que toda esta instabilidade se apodere de mim…mas que fazer…Maybe I’m in Love! Sem querer pensar muito nisso, acabo por fazê-lo, mais, em momentos em que me encontro sozinho e com oportunidade de pensar um pouco mais em mim do que em tudo aquilo que gira à minha volta. Não são sentimentos novos… Não são nervosismos primários… Sei onde começou…como evolui…e como poderá acabar! Incerteza certas, que tipicamente caracterizam estas situações…que normalmente são encaradas por mim com naturalidade… Por vezes, dou por mim a pensar na falta de senso, que existe nesta necessidade de ocultar determinado tipo de senti

Imaginem algo que vos agrada…

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Imaginem algo que vos deixa a pensar e que tem a capacidade de vos dominar por completo… Imaginem algo que vos leva a fazer coisas que, por vezes, já pensavam que nunca mais as iriam fazer… Dizer que “não” é uma virtude! Assumir que não queremos uma coisa é algo que pode ser admitido num futuro próximo, como um erro de percurso que nos levou a sofrer, ou então como uma decisão que nos “salvou” a vida… Continuem a imaginar algo que vos agrada… Dizer que “sim”, pode ser uma virtude, quando utilizamos demasiadas vezes o “não”, mas na maioria delas, revelamos um certo facilitismo que poderá ser mal interpretado… Continuem a imaginar algo que vos deixa a pensar e que tem a capacidade de vos dominar por completo… A determinada altura, já sem saber o que pensar, dou por mim numa dúvida que se avista constante e que consegue desconcentrar-me por completo. “Sim?”, “Não?”… Quererei eu mesmo isto? Admito que “Sim!”, mesmo que o “Não!” tente sempre mostrar-me o contrário… Continuem a imagina

Frio e Cinzento…

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Hoje, ao abrir a janela do meu quarto, tentei respirar o ar que por ela entrava, como se de uma essência da vida se tratasse… Olhei, ainda de olhos meio fechados, e reparei que sol não estava visível. O Sol alegra-me! Faz com que as minhas manhãs sejam mais activas. O Céu Azul condiz com a minha cor preferida e faz com que, em conjunto com o verde das plantas, se pinte o quadro perfeito de um dia imenso e produtivo. Mas o sol não estava lá e quando assim é, toda a minha vontade se resumia a uma só coisa…voltar para a cama. Não podia! Avizinhava-se o primeiro dia do “activo”! O primeiro dia de aulas de 2008. Confesso que aulas nem vê-las, mas eu tenho a justificação… (tenho?) Saí de casa e percorri de carro os 5km me separam do meu “mundo” académico… Fui olhando à minha volta e fui contemplando a paisagem… Os dias cinzentos “obrigam-me” a pensamentos um pouco mais cinzentos também... Nestes dias, em vez de ouvir uma qualquer música mais animada, refugio-me nas músicas mais calmas…